NOSSA HISTÓRIA

A Fazenda Santa Rita da Estiva

Desde que assumiu a direção da Fazenda Santa Rita da Estiva no município de Buritizal-SP em 1942, o Sr. Jerônimo Alves Pinheiro, carinhosamente conhecido como “Jerominho” exerceu a atividade da pecuária de leite, criando animais da raça Gir para a produção de queijos. No início dos anos 50, incentivado pelo grande movimento de melhoramento genético que se implantou na pecuária brasileira com a introdução de animais das raças zebuínas importadas da Índia, deu início ao aprimoramento do plantel da Fazenda Estiva, colocando reprodutores Gir para cobrir suas vacas mestiças.

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Sede da Fazenda Santa Rita da Estiva – Buritizal-SP

A atividade econômica era fundada na fabricação de queijos e criação de bezerros para venda para recriadores especializados. Naturalmente aquela atividade exigia vacas boas produtoras de leite e que produzissem bezerros de grande porte.

Sendo assim, era necessário, que os reprodutores transmitissem estas características, além da docilidade que era apurada pelo manejo. Em razão da proximidade da cidade de Franca-SP, berço do gado Gir na região, alguns reprodutores foram utilizados, inclusive descendentes dos planteis dos Senhores Continentino Jacinto, Nilo Lemos e Júlio Costa, introduzindo linhagens dos touros: Gaiolão, Triunfo (Guilherme x Manchinha ) e Bombaim.

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Gaiolão de Franca

Alambique

Bombaim

Os que mais se destacaram como melhoradores na Fazenda Santa Rita da Estiva foram: Dragão (Escorpião x Solteira), Baú (Guatambú x Paulistinha), Índio (Catú x Paloma), Bugre (Africano x Epopéia) e Baiano (Guatambú x Baiana), touro vermelho que deixou muitas saudades pelo grande porte de suas filhas, todas muito boas de leite e de excelente conformação racial.

Em 1960, Braulio Queiroz Pinheiro, juntou-se ao pai na lida da fazenda. Foi aí, então, que a força jovem se somou à experiência e novas oportunidades foram criadas, sempre voltadas para a melhoria do Gir.

Em 1962, deu início à nova fase de desenvolvimento com a introdução de reprodutores descendentes do gado recém importado da Índia pelo Sr. Torres Homem Rodrigues da Cunha, de Uberaba-MG.

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Pandit - Imp (ChurchilxGeeta)

Hindostani

Hindostani

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Subud Imp

O primeiro reprodutor adquirido foi Demagogo VR (Pandit x Retórica). Em seguida vieram Fonético da Matinha VR (Hindostan Imp.x Retórica), Iansã da Sundernagar VR (Eco da Sudernagar VR X Nutrolac VR), Ídolo VR (Vijaya R. Motti II DC x Divindade VR), Nascente da Pontal VR (Huno da Sundernagar VR x Chanka VR).

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Demagogo VR

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Fonético da Matinha VR

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Nascente da Pontal VR

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 Estiva Velha- Filha de Demagogo VR

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Matriz GIR de Pelagem Vermelha

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Balalaica da Estiva- Filha de Fonético VR

O último touro adquirido pelo Sr. Jerominho em 1981, foi Tapume da Poty VR (Mamute da Zebulândia VR x Ladka da Pontal VR) e na mesma época também foi adquirido Mamute da Zebulândia VR (Bey Filho x Gulab da SC) por Bráulio Queiroz Pinheiro. Com o falecimento de Jerônimo Alves Pinheiro, em 1982 o manejo da Fazenda Estiva ficou aos cuidados de Bráulio Queiroz Pinheiro, que com a mesma determinação, deu sequência ao trabalho que até então vinha sendo desenvolvido.

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Mamute da Zebulândia VR
(Bey Filho x Gulab da SC)

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Tapume da Poty VR
(Mamute da Zebulândia VR x Ladka da Pontal VR)

Da antiga Fazenda Santa Rita da Estiva agora desmembrada em 5 glebas, sendo que 3 filhos se dedicam-se até hoje à criação e seleção da raça Gir, a própria Fazenda Santa Rita da Estiva, agora de propriedade de Duarte Queiroz Pinheiro, a Fazenda Nova Estiva , de Bráulio Queiroz Pinheiro e a Fazenda Arapoema – Uberaba-MG de Sílvio Queiroz Pinheiro.

Em 1987, os irmãos se filiaram pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), decidindo então que a base da criação de Gir das fazendas, seria a parte que lhes cabia do plantel da antiga “Fazenda Estiva” e que a otimização de suas atividades dependia do registro genealógico dos animais junto à mencionada associação.

Todo o gado existente local onde foi submetido aos exames requeridos pela ABCZ, sendo que 80% do registro definitivo, recompensando o trabalho iniciado pelo Sr. Jerominho há 37 anos atrás. A partir de então, as fazendas deram sequência aos trabalhos de seleção com a certeza que o caminho percorrido estava no rumo certo, necessitando apenas de modernização e intensificação da seleção.

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Matrizes Gir com Mamute VR no curral da Fazenda Santa Rita da Estiva

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Registro Genealógico na
Fazenda Nova Estiva

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Irmãos Bráulio, Silvio e Duarte Queiroz Pinheiro

A Fazenda Nova Estiva​ -

Aqui o Gir é Leiteiro

No final de 1988, através da própria ABCZ, iniciou-se o controle leiteiro oficial (mensal) dos animais, trabalho que objetiva validar e direcionar a seleção. Sempre buscando opções para o aprimoramento genético, em 1989 iniciou-se a prática de inseminação artificial, com a utilização de touros melhoradores da raça.

A Fazenda Nova Estiva, participa desde 1990, como rebanho colaborador do Programa de Melhoramento Genético do Gir Leiteiro, trabalho este desenvolvido pela parceria entre a Embrapa Gado de Leite e a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro – ABCGIL.

Após este período, vários reprodutores foram utilizados no plantel da Nova Estiva, os principais foram:

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Bambolê 2F
(Chave de Ouro Neto x Faixa 2F)

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Impaciente da Poty VR (Doncolin da Poty VR x Sanosara da Poty VR)

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Feitiço da Poty VR
(Jaguar 3R x Sacristia da Poty VR)

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Doncolin da Poty VR
(Jaguar 3R x Fifi da Sundernagar VR)

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Conde JF
(Gaiolão DC x Gameleira)

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Trajeto da Poty VR (Benfeitor Raposo Cal x Estrada da Poty VR)

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No ano de 2012, o reprodutor Visual da NE com Beta-Caseína A2A2 (Modelo de Brasília x Orquídea da Poty VR) foi selecionado para fazer parte do 27º grupo do teste de progênie da raça Gir Leiteiro da Embrapa/ABCGIL.
Em 2020, Visual da NE teve seu resultado divulgado:
Leite (Kg): PTA: 69,00 / Conf: 80%
IPP: PTA: 72,00 / Conf: -4%

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No ano de 2016, adquirimos o reprodutor Níquel FIV de Mutum com Beta-Caseína A2A2 (Fardo da Mutum x Cambarra da AE

No ano de 2016, adquirimos o reprodutor Níquel FIV de Mutum com Beta-Caseína A2A2 (Fardo da Mutum x Cambarra da AE

Visual da NE

Estamos sempre aprimorando a raça no sentido de desenvolver genética direcionada a produção de sólidos, mansidão e conversão alimentar. Acreditamos que na raça pelo seu potencial em converter alimentos de baixo valor em produção. Neste sentido, além dos reprodutores que utilizamos, também investimos na seleção de material genético (sêmen e embriões) de alto valor.